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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Grupo Flor do Lácio homenageia São Paulo na Casa das Rosas

bondesambacsarosa17012010 038 Domingo, dia nacional da preguiça. Casais passeam de mãos dadas na calçada da Av. Paulista, turistas apontam as lentes das câmeras para os edifícios. Na altura do número 37, um antigo casarão bastante conhecido dos paulistanos não arranha o azul celeste intenso que se descortina ao fundo, antes acaricia. Trata-se da Casa das Rosas. Flor de cultura plantada no meio do concreto da avenida mais famosa de São Paulo, centro de grandes decisões financeiras que movimentam o país, a antiga construção, remanescente do ciclo do café abriga um centro de difusão e criação de arte, literatura, música entre outras maravilhas do gênero humano. São quase três horas da tarde e uma outra flor prepara-se para destilar o perfume na Casa das Rosas.

 

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O Grupo Flor do Lácio entra em cena. As primeiras notas musicais ecoam e tem início o espetáculo “O Bonde Samba”. Cerca de quinhentas pessoas assistem o show entre transeuntes e platéia disposta nas cadeiras. Foram duas horas que o público acompanhou entusiasmado, cantando sucessos do passado, relembrando histórias e “causos” da MPB desfilados pelo condutor Adilson e cantados com precisão pela cantora Katia Berenice acompanhada pelo violão de Richard, a bateria da Shu e o contrabaixo do Valdeci.bondesambacsarosa17012010 006

Ao final do espetáculo, a homenagem – o público foi brindado com uma poesia dedicada a São Paulo tendo ao fundo os acordes imortais da música “Abismo de Rosas”, composta pelo paulistano Canhoto e eternizada pelo arranjo do paulista de Guaratinguetá Dilermando Reis cujo final aporta no samba de Paulo Vanzolini  “Volta por cima”

Durante o show, o público pode acompanhar clássico do gênero como “O Bêbado e a equilibrista” de João Bosco e Aldir Blanc ao lado de sambas menos conhecidos como “Prá que discutir com madame” de Haroldo Barbosa e Janet de Almeida tendo oportunidade de conhecer curiosas histórias a respeito de seus compositores e da época em que foram lançadas.

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O show encerrou com um agradecimento aos compositores e intérpretes do samba de todos os tempos e no bis, como não poderia deixar de ser, Adoniran Barbosa. As notas precisas do Grupo emolduradas pela paisagem do jardim da Casa das Rosas tendo ao fundo os edifícios da Av. Paulista.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Grupo Flor do Lácio na Casa das Rosas

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Domingo dia 17 de Janeiro o Grupo Flor do Lácio apresenta o espetáculo “O Bonde Samba” na Casa das Rosas (Av. paulista,37) como parte das comemorações pelo aniversário de São Paulo a partir das 15h. A entrada é franca.

 

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Grupo Flor do Lácio

Grupo Flor do Lácio
Formado em 2008, o grupo Flor do Lácio nasceu da amizade de
seus quatro integrantes que compartilham uma paixão antiga pela
Música Popular Brasileira.
Tocando juntos em ocasiões esporádicas desde 2005, foi a partir
do projeto Bonde Samba que o grupo resolveu assumir definitivamente a afinidade musical e levar à frente a bandeira de apresentar ao público uma mescla de resgate da mais fina tradição do samba e da música popular brasileira embalada por textos em verso e
prosa que complementam saborosamente o repertório do grupo.
Sua formação é composta por Adilson Pereira, Katia Berenice,
Ricardo Sigolo e Luzia Sigolo Bicudo (Shu).
Em 2009 o grupo lançou o projeto Sarau Musical do Amor
Romântico, espetáculo que mistura poesia, teatro e música com
uma criativa interação com a platéia que vem arrebatando fãs entre
público e crítica nas inúmeras apresentações feitas em teatros de
escolas, livrarias e centro culturais.

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O Bonde Samba

O público é convidado a ingressar numa viagem de bondinho pelas sinuosas curvas da história do samba, com direito a paradas em famosas estações representadas por compositores do calibre de Noel Rosa, Enricão, Germano Mathias, Paulo Vanzolini, entre outros. Durante o percurso, algumas histórias e causos do samba, interpretados pelo condutor do bonde, Adilson, ajudam a compor o retrato de uma época. Grandes sucessos do samba de todas as épocas são interpretados por Katia Berenice ao som do violão de Richard e da percussão da Shu.

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A CASA DAS ROSAS

A Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura - é um local de celebração da poesia, da literatura e da arte em geral. Localizada no coração de São Paulo, a Casa serve de cenário para a efervescência da vida cultural.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

300 Discos importantes da música popular brasileira

Uma característica marcante no ser humano é rotular, compilar, dimensionar, talvez seja uma tentativa arquetípica de entender e controlar o mundo ao seu redor. Em decorrência dessa necessidade, surgem as listas. Os 100 melhores disto, os 50 maiores daquilo, e por aí vai. Listas são sempre redutoras, mas úteis. Importante é conhecê-las sem perder o senso crítico. Algo similar a manter em mente que o concurso de miss mundo certamente não privilegia as mulheres mais bonitas do mundo, muitas sequer sabem da existência do evento, outras simplesmente não estão interessadas em participar.

300_discos_baixa

Acaba de sair um livro interessante com a proposta de apresentar os 300 discos importantes da Música Brasileira de Charles Garvin, baterista dos Titãsgavin_foto pela Editora Eu sou da Paz. Com textos dos jornalistas Tárik de Souza, Carlos Calado e Arthur Dapieve, o livro traz encartados dois discos históricos em CD: "O último Malandro" (1959), de Moreira da Silva, e "Baterista: Wilson das Neves" (1968), de Elza Soares. O livro apresenta capas e resenhas de discos da MPB lançados entre 1929 e 2007. A seleção certamente irá provocar controvérsias quanto a esse ou aquele trabalho excluído da lista, mas trata-se, levando em consideração a ressalva quanto às listas, de um belíssimo e competente trabalho de pesquisa e resgate da memória musical brasileira com a vantagem de apresentar o conteúdo num acabamento gráfico primoroso ao longo de suas 436 páginas.

Apesar de não fazer parte da obra, vale a pena citar que existe um blog muito interessante baseado no livro chamado 300 discos importantes da Música Brasileira que a partir da proposta do livro, traz uma série de imagens, links para download e informações complementares utilizando a pluralidade de recursos que a internet possibilita. Vale a pena comprar o livro (apesar do preço meio salgado - R$230), acessar o blog e ver o filme, se um dia resolverem fazer…

(Entrevista sobre o livro)

Informações Complementares

Charles Gavin na Wikipédia

Site oficial dos Titãs

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Uma velha canção inglesa cantada ao mesmo tempo por 156 países (incluindo brasil)

1967. A banda formada pelos quatro rapazes de Liverpool, The Beatles já tinha conquistado o mundo. Naquele ano, a tecnologia dava mais um salto tornando possível a transmissão ao vivo via satélite. O canal de televisão inglês BBC convidou John Lennon e Paul McCartey, líderes dos Beatles para participarem compondo uma música para ser executada na primeira transmissão mundial ao vivo via satélite recepcionada simultaneamente por 26 países. John Lennon compôs a canção All You Need is Love. O evento foi um marco na história recente das comunicações e a música tornou-se o hino da geração hippie.


2009. 07 de dezembro. A rede norte-americana de cafeterias Starbucks reúne cidadãos de 156 países para executarem simultaneamente a mesma música dos Beatles, All You Need is Love para divulgar o Starbucks Love Project, destinado a recolher fundos para eliminar a Aids na África.

O clip constrói uma belíssima metáfora de um sonho compartilhado por idealistas de todos os tempos, incluindo o próprio autor da canção, John Lennon – Uma Humanidade sem preconceitos trabalhando unida em torno de um mesmo objetivo.


Clique aqui para acessar o site do Starbucks Love Project

Letra eTradução de All You Need is Love (extraída do site http://letras.terra.com.br/the-beatles/207/traducao.html)

All You Need Is Love
(Tudo O Que Você Precisa É De Amor)

Love, love, love
Amor, amor, amor

There's nothing you can do that can't be done
Não há nada que você possa fazer que não possa ser feito

Nothing you can sing that can't be sung
Nada que você possa cantar que não possa ser cantado

Nothing you can say, but you can learn how the play the game
Nada que você possa dizer, mas você pode aprender como jogar o jogo

It's easy
É fácil

There's nothing you can make that can't be made
Nada que você possa fazer que não se possa fazer

No one you can save that can't be saved
Ninguém a quem você possa salvar que não possa ser salvo

Nothing you can do, but you can learn how to be you in time
Nada que você pode fazer, mas você pode aprender como ser com o tempo

It's easy
É fácil

All you need is love
Tudo o que você precisa é de amor

Love is all you need
Amor é tudo o que você precisa

Love, love, love
Amor, amor, amor

There's nothing you can know that isn't known
Não há nada que você possa saber que não possa ser conhecido

Nothing you can see that isn't shown
Nada que você possa ver que não possa ser visto

Nowhere you can be that isn't where you're meant to be
Nenhum lugar onde você possa estar que não seja onde você quer estar

It's easy
É fácil

All you need is love
Tudo o que você precisa é de amor

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Dalva e herivelto – paixão e sofrimento produzindo arte



herivelto2 Na história da Humanidade frequentemente a arte está associada a paixão e muitas vezes ao sofrimento. Apesar de não ser condição Si ne qua non para a produção artística, inúmeros casos ilustram que o artista, quando atormentado pelo sofrimento, é capaz de produzir obras primas.

Para citar alguns exemplos – Van Gogh no auge da perturbação presenteou o mundo com quadros imortais. O músico Eric Clapton, diante da dor da perda do filho num acidente doméstico, compôs uma das mais belas canções dos últimos tempos, Tears in Heaven. Clarice Lispector, cujas entrevistas deixava transparecer um sofrimento primordial em relação a existência humana, escreveu verdadeiras pérolas da litetura unversal. Com Dalva e Herivelto, a coisa não foi diferente.

O autor de uma das mais belas canções da música popular brasileira, Ave Maria no Morro, foi autor de uma enxurrada de músicas inesquecíveis quando se separou da cantora Dalva de Oliveira, que por sua vez retratou com singularidade a dor do abandono e da mágoa interpretando com perfeição queixas, lamúrias e respostas às composições do ex-marido Herivelto compostas por amigos do casal.

genios

Até mesmo o ator Fábio Assunção, afastado do cenário artístico para tentar livrar-se do vício das drogas, dá mostras que o sofrimento e as batalhas que viveu estão auxiliando no necessário amadurecimento para compor um Herivelto verossímil.

Para nós, pobres mortais, não agraciados com a genialidade, resta reagir diante das tragédias da vida como podemos, aos gênios,como Beethoven e tantos outros que fizeram da dor um estímulo para agraciar o mundo com maravilhas, resta a merecida imortalidade…

Letras das músicas de Herivelto Martins

Blog do fã clube de Dalva de Oliveira

Site oficial da minissérie

Dalva de Oliveira na Wikipédia

Herivelto Martins na Wikipédia



quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Meu Brasil é com "s"

ritaejoaocut

Faz tempo que se utiliza a grafia do nome do nosso país com "z" - “Brazil” como um símbolo da influência estrangeira . São muitas as referências ao tema. Algumas vem da música, respectivamente uma bossa cantada pela improvável dupla Rita Lee e João Gilberto “Meu Brasil é com s” e a música do Aldir Blanc “Querelas do Brasil” interpretadapela Elis numa gravação insuperável(veja as letras dessas músicas no final da crônica).

elisre2

Entretanto, de acordo com pesquisas históricas, “Brazil” grafado com “z” não foi uma invenção estrangeira, mas sim nossa. A forma de grafar o Brasil com "z" foi utilizada no decorrer da nossa história alternadamente com o "s". O que não existiu por muito tempo foi uma padronização pois não tínhamos nem mesmo uma Academia Brasileira de Letras e apenas em 1945 Brasil e Portugal acertaram um acordo ortográfico que incluiu adotar oficialmente o Brasil com "s". Como uma boa parte do mundo já tinha impresso documentos com "z", ficou assim. A prova está numa reprodução inserida abaixo de uma cédula de mil réis anterior a 1917 na qual pode-se ler “República dos Estados Unidos do Brazil”.

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mil-reis

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brasilolho Os companheiros de geração devem se lembrar (1960, el tiempo pasa amicos!) o quanto nossos pais nos enrolaram com a expressão “O Brasil é o país do futuro”. Qualquer deficiência nacional nos últimos quarenta e tantos anos era resolvida em última instância, sem direito a réplica, com a surrada frase. O tempo passou e por incrível que pareça nossos pais não estavam tão errados assim, se por um lado falta muito para o Eldorado prometido com leite e mel escorrendo pelas torneiras, por outro não vamos tão mal assim, se não somos o país do futuro ,pelo menos a coisa promete ficar no empate, o que para a surrada auto estima nacional, já e lucro.

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Os problemas atuais do Brasil nem são relacionados ao Brazil, para utilizar a referência. A economia vai dando sinais de desenvolvimento, temos um momento histórico singular no qual a família média brasileira conta com uma configuração de renda bastante favorável, as políticas sociais diminuem gradativa mas continuamente o detestável desnível de classes. Ou seja, as plataformas para a construção de um futuro viável estão todas em cena. Assistimos recentemente até mesmo o que poderia ser considerado um delírio surrealista há cerca de uma década – oferecer ajuda ao FMI! Uma notícia como essa seria motivo de uma guia de internação em qualquer hospício para o jornalista. Hoje, virou fato.

Decepcionante e retrógada continua sendo mesmo a nossa classe política. Para esses, nem Brasil, nem Brazil, é Brasiú mesmo. Nunca a roubalheira foi tanta e tão descarada. Somos espectadores de um descaramento sem precedentes na história recente na refinada arte de apropriar-se do alheio, “apropriar-se” no caso um eufemismo para “roubar” e “alheio” para o seu, o meu e o nosso dinheiro pago em impostos que se esparramam feito carrapicho pelos produtos e serviços consumidos ou desejados por toda a nação. Se fosse o caso de aplicar leis severas como se faz em alguns países árabes e cortar a mão dos infratores, os espetáculos artísticos em Brasília iam ser todos cancelados por falta de público apto a bater palmas.

Por essas e outras, talvez tenhamos que dizer aos nossos filhos quando perguntados sobre a roubalheira cotidiana que a mídia estampa em nossas casas –” Não tenha pressa, O Brasil é o país do futuro” ou pior, reproduzir a frase que certa vez li num muro e que volta e meia ressurge mais atual do que nunca ´”A solução para o Brasil é devolver para os índios e pedir desculpas”

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(João Gilberto)joao-gilberto[/caption]

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-Letra de Brasil com “s” (João Gilberto)

Quando Cabral descobriu no Brasil o caminho das Índias
Falou ao Pero Vaz para Caminha escrever para o rei
Que terra linda assim não há com tico-ticos no fubá
Quem te conhece não esquece meu Brazil é com S.
O caçador de esmeraldas achou uma mina de ouro
Caramuru deu chabu e casou com a filha do Pajé
Terra de encanto, amor e sol,
não fala inglês nem espanhol
Quem te conhece não esquece meu Brazil é com S.
E pra quem gosta de boa comida aqui é um prato cheio
Até Dom Pedro abusou do tempero e não se segurou
Oh, natureza generosa, está com tudo e não está prosa
Quem te conhece não esquece meu Brazil é com S.
Na minha terra onde tudo na vida se dá um jeitinho
Ainda hoje invasores namoram a tua beleza
Que confusão veja você, no mapa-múndi está com Z
Quem te conhece não esquece meu Brazil é com S.

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(Maurício Tapajós e Aldir Blanc)tapajoseblanc

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Letra de “Querelas do Brasil” (Maurício Tapajós e Aldir Blanc)

O Brazil não conhece o Brasil
O Brasil nunca foi ao Brazil
Tapi, jabuti, liana, alamandra, alialaúde
Piau, ururau, aquiataúde
Piau, carioca, moreca, meganha
Jobim akarare e jobim açu
Pererê, camará, gororô, olererê
Piriri, ratatá, karatê, olará
O Brazil não merece o Brasil
O Brazil tá matando o Brasil
Gereba, saci, caandra, desmunhas, ariranha, aranha
Sertões, guimarães, bachianas, águas
E marionaíma, ariraribóia
Na aura das mãos do jobim açu
Gererê, sarará, cururu, olerê
Ratatá, bafafá, sururu, olará
Do Brasil S.O.S. ao Brasil
Tinhorão, urutú, sucuri
O Jobim, sabiá, bem-te-vi
Cabuçu, cordovil, Caxambi, olerê
Madureira, Olaria e Bangu, olará
Cascadura, Água Santa, Pari, olerê
Ipanema e Nova Iguaçu, olará
Do Brasil S.O.S. ao Brasil
Do Brasil S.O.S. ao Brasil

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Dalva e herivelto : um banho de emoção

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Segunda-feira, dia 04 de Janeiro. O relógio avança, a noite chega. Começamos o ano envoltos em tragédias provocadas pelas chuvas no litoral, uma sensação estranha de que a liberdade de ir e vir pelo mundo tornou-se refém da intolerância humana. Feliz ano novo? Veremos. Resta-nos a ficção dos cinemas, da televisão, mesmo transitando entre a medíocridade e a genialidade, a arte dos nossos dias abre clareiras nas densas trevas da realidade. Essa é a promessa da nova minissérie, presente na beleza das cenas que os comerciais deixaram entrever, possível na riqueza do tema.

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A novela “chap chap” do Manoel Carlos estica-se nas suas obviedades e finalmente a tela se ilumina com as cores da história passional de Dalva de Oliveira e Herivelto Martins. Logo nos primeiros minutos a figura do ator Fábio Assunção surge feito uma fênix. Ele que submergiu da luta contra as drogas enfrenta agora um desafio bem mais ameno e tranquilo – encarnar o cantor e compositor Herivelto Martins. As cenas se sobrepõem e aos poucos o ator vai diminuindo e o personagem cresce. Quando Adriana Esteves surge, qualquer dúvida sobre a possibilidade de uma atriz conhecida conseguir ceder o necessário espaço para a personagem se esvanece no ar. Adriana está mais Dalva do que qualquer uma poderia ser e logo se nota que a atriz trabalhou duro para dar sopro de vida à uma mulher cuja estatura foi maior do que a própria voz aveludada.

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Assim, por mais de uma hora, embalamos em um tempo que a geração atual não conheceu mas do qual certamente sentirá saudades, seja pelo glamour do Cassino da Urca, reconstruído com perfeição na minissérie, seja pela dimensão humana da história do casal cuja vida foi um carrossel de paixões, seja por personagens saudosos do passado tais como Grande Otelo e Araci de Almeida que desfilarão na frente das câmaras essa semana.

O figurino perfeito, o ambiente urbano do Rio de Janeiro da década de 30 recriado por computação gráfica e os detalhes de decoração mostram que a indústria cinematográfica e televisiva em nosso país merece o prestígio internacional que alcançou nas últimas décadas.

Nosso país, conhecido pela falta de memória, ganha com a iniciativa de proporcionar às novas gerações a oportunidade de conhecer um pouco mais de nossa história e da grandiosidade de sua música acondicionados numa embalagem sofisticada que não deixa nada a dever aos grandes e poderosos centros de produção artística mundial.

Para Saber mais sobre Dalva de Oliveira e Herivelto Martins

Site oficial da minissérie

Dalva de Oliveira na Wikipédia

Herivelto Martins na Wikipédia

Blog sobre Dalva de Oliveira

 

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